O sonho é uma experiência que possui significados distintos para a religião, a ciência e a cultura. Os sonhos acontecem durante a fase de movimento rápido dos olhos (REM), quando estamos no estado profundo do sono.
Muito se sabe sobre o papel do sono na regulação do nosso metabolismo, pressão sanguínea, função cerebral e outros aspectos da saúde. Mas os pesquisadores ainda não concordam inteiramente sobre o verdadeiro propósito dos sonhos.
Leia sobre como ter uma melhor noite de sono aqui.
Existem, no entanto, algumas crenças e teorias sobre o porquê sonhamos.

Para a Psicologia
Segundo Freud, os sonhos são a principal via de acesso ao inconsciente. São a realização disfarçada dos desejos reprimidos.
Discípulo de Freud, Carl Jung entendia os sonhos como compensações da vida no estado de vigília. Segundo o psiquiatra, sempre que surgem desequilíbrios psíquicos, o sonho acontece para restabelecer o equilíbrio.
Já para outras teorias, o sonho é um componente, uma forma de processamento da memória, auxiliando na consolidação do aprendizado e da memória de curto prazo para o armazenamento de longo prazo.
O sonho é uma extensão da consciência desperta, refletindo as experiências da vida desperta.
Um meio pelo qual a mente trabalha através de pensamentos, emoções e experiências difíceis, complicadas e perturbadoras, para atingir o equilíbrio psicológico e emocional.
O cérebro responde a mudanças bioquímicas e impulsos elétricos que ocorrem durante o sono.
Uma forma de consciência que une passado, presente e futuro no processamento de informações.
Um ato de proteção do cérebro para preparar-se para enfrentar ameaças, perigos e desafios.

Para a religião espírita
São fenômenos de emancipação da alma. O sono e os sonhos são indicativos de que o Espírito encarnado nunca está inativo, ainda que mantido ligado ao corpo físico pelo perispírito.
Durante o sono, apenas o corpo repousa, pois o Espírito não dorme. Aproveita-se do repouso do corpo e dos momentos em que a sua presença não é necessária para atuar isoladamente e ir aonde quiser, aproveitando da sua liberdade e da plenitude das suas faculdades.
Durante a encarnação, o Espírito jamais se acha separado completamente do corpo. Qualquer que seja a distância a que se transporte, conserva-se preso sempre ao corpo físico por um laço fluídico , que serve para lembrá-lo de retornar a este, desde que a sua presença ali se torne necessária (somente a morte rompe esse laço).
O resultado imediato do sono é o sonho, uma lembrança do que o Espírito viu durante o sono.
Todas as pessoas sonham, uma vez que o Espírito continua em plena atividade enquanto o corpo físico dorme. Apenas não se recordam dos acontecimentos ocorridos na outra dimensão da vida.
Os sonhos são o efeito da emancipação da alma, que se torna mais independente pela suspensão da vida ativa. Daí uma espécie de clarividência indefinida, que se estende aos lugares mais distantes ou que jamais se viu.

Para os povos indígenas
Para a maioria das tribos indígenas, de diferentes lugares, culturas e épocas, os sonhos sempre tiveram um papel fundamental na vida dos indivíduos.
Eles consideram os sonhos um tipo de sinal vindo dos seus deuses ou de seus ancestrais, e que contém uma mensagem por detrás dos mesmos que precisam ser decifradas, pois terá algum impacto na vida de quem sonhou ou de quem está ligado a esta pessoa.
Existem muitas outras teorias sobre os sonhos em outras religiões, ciências e culturas. Todas elas, quando analisadas profundamente, mostram algum ponto em comum, algo que as interligam. O que mostra que talvez, os sonhos sejam isso tudo, todas estas teorias juntas...
Reflita.
Referências: Psychology Today , Federação Espírita Brasileira Fotos: unsplash.com
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